A aventura o excita. Quer o pulsar do coração e de outros órgãos. Entrega-se ao flerte e ao desejo sem culpa e com desespero. Permite-se. Se machucar, não há problema. Vacila e sabe que ela sabe. Cheguei mais tarde, mas um dia ainda te explico direito. Sabe que esse caso está meio mal contado.
Acredita-se sedutor, mas a inconsequência não existe, apenas disfarça o crescimento imperativo. Espera que a vida seja feita de ilusão. Deleita-se e sorri. Não enxerga o outro como um fim em si mesmo. Ignora que é preciso saber viver. Consome os dias em ampla e irrestrita fruição de sentidos. Humaniza-se na estratégia, animaliza-se no feito.
Sem moralismos nem restrições à conduta liberta de quem quer que seja, ela apenas pergunta a si mesma sobre os danos causados quando as regras do jogo são variáveis. Assustou-se e assustou-o quando sussurrou pensativa o que ouviu em Lua de Fel: “Cuidado! Não há nada que você faça que eu não possa fazer melhor”.
Ele pensou ser brincadeira. Ela, logo ela? Partiu mais uma vez sem aviso rumo a outros braços, outras pernas. Na volta, esperava o cachorro lhe sorrir latindo. Lembrou Neruda: aquele amor perdido é uma rosa branca que se abre em silêncio. Encontrou a porta aberta. Mas a casa estava vazia. Não era de mais ninguém.
“Cuidado!Não há nada que você não faça que eu não possa fazer melhor.”
Simples assim, sem mimi ou blá blá,,,Vc foi perfeita!
Corrigindo: “Não há nada que você FAÇA que eu não possa fazer melhor.”
um “glup” na garganta e um afrouxar de colarinho após a leitura.
Pois é, Jota Eme… Cada ação provoca uma reação. Não há como escapar das consequências dos nossos atos.
saudade…